sábado, 31 de dezembro de 2011

Adeus ano velho! Feliz ano novo!


Adeus ano velho, feliz ano ovo!

O ano já está nos seus últimos suspiros e o ano novo já está aí, vindo com força total.
O que marcou o seu ano de 2011? O que o tornou especial?
No meu ano muitas coisas boas me marcaram. Meu casamento em destaque.
Claro que como tudo algumas coisas ruins também aconteceram. Perdi pessoas queridas que me fazem muita falta…
Mas é esta a nossa vida. Agora é hora de fazer o balanço, pensar positivo e encarar o ano novo de frente.
Mas sem promessas. Promessas de ano novo são feitas pela nossa porção mais desesperada. Aquela que quer corrigir de uma só vez tudo o de pior acontece em nossa vida. Promessas de ano novo são paliativos da consciência. Imagino um dialogo entre eu e a minha consciência, mais ou menos assim:

- Vinícius. Este ano você não emagreceu nada. Se bobear engordou um pouco hein?
- Poxa minha consciência, eu sei, mas olha, dia 1º, alias, dia 2, depois que passar a ressaca, to entrando na academia. E fazendo regime. Juro! Vou emagrecer este ano, você vai ver!
- Sei, sei. Olha, você me promete isto todo ano hein? Nunca cumpre. Porque este ano vai ser diferente?

Pois é. Resolvi não fazer mais estas promessas. Hoje a noite, quando a minha consciência me chamar para conversar vou desconversar. Vou no banheiro, sei lá. Só não vou ter esta conversa este ano!

Mas vou desejar a todos os meus amigos que o 2012 venha cheio de boas vibrações, de sonhos realizados, paz, saúde, amor e amizades verdadeiras.
Feliz 2012!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Um conto de Natal - O sumiço do Papai Noel


Olá, me chamo Joni. João Silva na certidão. Sou detetive particular. Quer dizer, sobrevivo assim. Meu escritório ao menos tem uma placa na porta com a inscrição “Joni – Detetive Particular”.
Vivo de tirar fotos de maridos traidores para esposas traídas. Não é exatamente como eu sonhava mas paga uma parte das minhas contas. A outra parte está atrasada.
Dezembro não é um mês bom para mim. É época de reconciliação, então ninguém quer se separar e por isto ninguém me procura para provar que está sendo traído.
Mas este ano algo diferente aconteceu. Deve ser a tal magia do natal.
Na tarde do dia 24 de dezembro bateram em minha porta. Abri-la e dei de cara com 12 pequenos anões. Eles estavam com uma roupa estranha e expressões bem assustadas.O senhor é o Joni? - - - Detetive particular?
Antes de respirar para responder eles falaram em uníssono:
- Papai Noel sumiu!!!!
Imaginem meus amigos a minha cara de espanto. Para mim o natal sempre foi uma data como outra qualquer. Quando pequeno armava presépio e ajuda minha mãe a arrumar a arvore. Mas os anos se passaram e perdi o encanto.
Agora estou com doze pequenos seres assustados me pedindo ajuda para encontrar o papai noel e salvar o natal de milhões de criancinhas em todo o mundo!
Segundo as informações que eles me passaram, papai noel veio até o Rio de Janeiro para visitar uma de suas fábricas de brinquedos e sumiu.
Logo quando os pequeninos saíram da minha sala comecei a raciocinar. Se eu fosse Papai Noel, onde eu estaria? Ou se eu quisesse dar um sumiço no Papai Noel quem eu seria?
Talvez eu fosse o coelho da páscoa, enciumado pelo sucesso do bom velhinho? Ou talvez eu fosse dono de uma fábrica de brinquedos, que veria a fábrica de brinquedos natalina como uma grande concorrente? Talvez um primo distante, arrasado pelo sucesso do parente?
Eu tinha apenas uma certeza. Teria que ir até o submundo carioca para ter alguma informação.
Peguei o meu chapéu e fui direto ao largo da carioca. Lá eu encontraria o Chico Beiço, meu informante mais assertivo.
Não foi difícil encontra-lo. Estava no local habitual. A banca de revistas.
Conversamos rapidamente e ele mencionou que havia escutado sim algo a respeito. Me indicou subir o Morro da Manqueira e procurar pelo Luiz Gama, e que eu pudesse falar no nome dele.
A pista estava esquentando. Peguei uma condução logo em frente a banca e fui direto para a Manqueira.
Passavam pouco das 4 da tarde quando comecei a subida do morro. Tinha que me apressar. Logo escureceria e o natal estaria perdido.
Na subida entre as casas humildes vi muita movimentação. Um sobe e desce frenético. Antes de chegar a casa indicada pelo Beiço vi um cartaz chamando as crianças e suas famílias para um jantar comunitário na quadra da escola de samba.
Reconhecer o Luiz não foi difícil. Sentando em frente a casa rosa com portas verdes ele só acompanhava com os olhos a movimentação da comunidade.
Muito solicito o Luiz me despachou, dizendo não saber onde eu poderia encontrar o velho Noel.
Alguma coisa não me parecia certo, e enquanto descia o morro pude notar dois rapazes, grandes, estilo guarda roupa, me seguindo.
Continuei descendo e entrei em uma condução, deixando pra trás os dois satisfeitos guarda costas que subiam o morro.
Meu relógio apontava 18:30 quando eu comecei a subir novamente o morro da mangueira. Boné enterrado na cabeça, bermuda surfista e uma camiseta da GRES Estação Primeira de Mangueira – Carnaval 1992. Fui subindo e tomei o rumo da quadra da escola, para onde os meus instintos me indicavam a direção. Ao me aproximar pela lateral pude notar os dois rapazes que me seguiram mais cedo e tive então a certeza de que encontraria ali o Papai Noel.
Peguei a direção do fundo do barracão até encontrar uma porta. Com um pouco de jeito e um pedaço de arame que estava no chão entrei em um comodo escuro. Segui um filete de luz que vinha por baixo de uma porta. Com muito cuidado abri a porta e me deparei com uma cena inacreditável.
O bom velhinho encontrava-se ao redor de uma mesa, junto ao Luiz Beiço e mais uma dezena de pessoas.
Eu precisava chegar mais perto para entender o que acontecia naquele local, mas um pé desajeitado e imprudente acabou colidindo com uma lata de tinta esquecida em um canto. Simultaneamente todos os integrantes daquela estranha reunião olharam para trás e entreolharam-se.
Para minha surpresa suas expressões não eram de raiva, e sim de temor e surpresa. Apressando-se a frente do grupo o Luiz veio em minha direção com olhar aflito:
- Não é nada disto do que você está pensando. Carlos Noel é um grande amigo de infância que está nos dando uma consultoria de natal.
- O que é isto eu realmente não sei, mas fui contratado pelos ajudantes deste homem para encontra-lo. E não vou perder minha viagem até aqui. Faltam poucas horas para o Natal e ele deveria estar se preparando para sua jornada natalina.
Após se entreolharam, foi o homem de barbas brancas e roupas vermelhas que veio a frente.
- Eu nasci nesta comunidade há muitos anos atrás. Vivi muita coisa aqui, quase passei fome, trabalhei como aviãozinho do tráfico de drogas e graças a ajuda do Beiço sobrevivi. Ele me arrumou trabalho na fábrica secreta de Papai Noel, e após muita dedicação e trabalho duro fui subindo na empresa até chegar ao cargo máximo, que é o de Papai Noel. Tinha uma dívida de gratidão com esta comunidade, e após um contato com o Luiz resolvi ajuda-lo a organizar o natal deste ano. Não queria que ninguém se preocupasse, quanto mais meus pequeninos. Mas não tinha outra escolha. Agora que finalizamos a nossa organização o Luiz, este meu grande amigo irá se vestir como eu e fazer a alegria destas crianças tão sofridas desta comunidade.
Vendo a minha cara de confusão, o bom Noel apressou-se a me esclarecer.
- Meu nome é Cartola Noel. Meu pai era amigo do Cartola, grande compositor mangueirense e fã de carteirinha de Noel Rosa. Por isto me chamam de Papai Noel. Como eu existem diversos Papais Noeis. Alguns não tem este nome em sua identidade, mas todos temos em nossos corações a alegria de cumprir a nossa missão, levar magia a todos os corações.
Mais do que isto não posso explicar porque como você já sabe, posso me atrasar para entregar os presentes das outras crianças. Olha lá. Quem vejo subindo o morro? Meus ajudantes...
- Fui eu quem os trouxe aqui. Tinha certeza de que o encontraria aqui. - exclareci rapidamente.
Acompanhado pelos seus ajudantes o Sr. Cartola Noel tomou seu caminho em direção a um feliz natal!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Porque dos contos

Sempre gostei de ler contos.
Escrever contos nunca havia me passado pela cabeça. Sempre pensei em escrever um livro, coisa que é difícil pelo pouco tempo disponível.
Até que…
Até que algumas idéias de contos começaram a insistir em minha cabeça. E porque não?
Em breve contos do cotidiano por aqui!
Espero sua visita!!!!